sábado, 15 de setembro de 2012

"Ainda bem, mas até quando!"




(O Sóbis ficou me devendo um post decente, culpa dele!)


Otavio Meloni*

Se um leitor mais atento quiser ser chato vai dizer: "O título desse post é uma frase do post do medo da seleção de Mano!" É mesmo!, você não está errado. Antes que algum desavisado babaca venha dizer que há um pessimista atrás dessa tela em branco, eu vou avisando que sou tricolor e quero ser tetra campeão brasileiro, mas estava evidente que os tropeços iam começar a acontecer. Eu não esperava que o primeiro fosse em casa, na nossa sucupira cinzenta (apud: MORAES, Aline), contra um dos lanternas do campeonato, mas esperava que viessem. O mais engraçado é que tudo parecia caminhar para mais uma vitória suada e nervosa, como as de sempre, mas hoje não Galvão.
O jogo atrasou por conta dos refletores que sucumbiram no estádio da cidadania. O fato deverá gerar manchetes medíocres como "Apagão tricolor" ou "Flu sem brilho", mas se você veio ao nosso blog não é esse tipo de manchete que quer ver. Logo, não se preocupe. Voltemos ao jogo. Abel ousou, sim, ousou (para os moldes Abel) e ao invés de entrar com Diguinho no meio, recuou Thiago Neves e colou o Sóbis no time. Sóbis que jogou nada, se machucou e ainda fez a coisa mais traumática deste sábado. Explico: enquanto aguardávamos o acender dos refletores, os alto-falantes do estádio tocavam a introdução de "Seven nation army". Neste momento olho para o campo e vejo Sóbis, sozinho, chutando bolas pro gol, logo pensei: "É hoje que o Sóbis mete uns dois e eu nem vou ter trabalho para escrever minha crônica... mas não foi.
Assim como Sóbis, o time todo deixou a desejar quanto a técnica. O primeiro tempo foi o jogo de um time só, o Flu. Mas em dois contra-ataques o Atlético de Goiás meteu dois gols: um de falta e um de corner. O goleiro Flávio impediu com grande defesa o gol de Thiago Neves e foi só. Depois do intervalo o flu voltou com duas alterações: saíram Samuel (berilaum) e Carlinhos ( que foi massacrado pela torcida em mais uma atuação pífia) e entrarem Higor e Wallace, mais dois desses garotos que o Flu forma em Xerém e a Unimed vende pra Rússia. O time melhorou. Esse Higor tem bola, em breve será um ótimo camisa 10, podem esperar, e o Wallace fez o que o Carlinhos não fez no primeiro tempo: apareceu pro jogo. O Flu melhorou, mas daí a virar eram três gols sem levar mais nenhum. No meio do caminho, Sóbis machucou e abriu espaço para Michael (outro de Xerém), que meteu o gol de honra. Depois, foram vinte minutos de chuveirinho, uma cera irritante do goleiro Flávio e mais uns dois milagres do arqueiro goianiense, um em bela jogada de bicicleta do Michael.
O Flu perdeu. Foi a segunda derrota neste brasileiro, vejam bem. Ainda somos líderes até amanhã, basta secar o Galo mineiro. Libertadores só escapa se houver uma catástrofe. Acho que tudo isso, somado às vitórias que viemos conseguindo sempre de forma apertada (estilo Abel que tanto gosto) fizeram com que boa parte da torcida não vaiasse no final do jogo. Afinal, nós já sabíamos, essa hora ia chegar!
Tristezas a parte, fiquei pensando em duas coisas. A primeira delas é na geração de jogadores que o Fluminense está formando para os próximos anos. Esse menino Higor é bola, você sabe quando o cara leva jeito pra craque quando ele já domina a bola olhando pre frente, vislumbrando o campo todo. vai dar trabalho. o Wallace, o Nem, o Michael, o Eduardo... Acho que a gente tem time pros próximos cinco anos, é só não vender. A segunda é perceber como a torcida do Flu está cada vez mais jovens. Muitas crianças e adolescentes de uniforme, cantando o hino, as músicas de arquibancada, etc. Muito feliz em ver isso!
No mais, é secar o Galo, o Grêmio e torcer para que o estilo Abel retorne, já na próxima rodada. Sábado que vem estaremos lá no Raulino de novo, contra o Timbú!

*Otavio Meloni está certo de que o que ocasionou a derrota do Flu foi ter levado sua mãe, rubronegra, ao Raulino neste sábado. Calma amigos, isso não se repetirá contra o Náutico!

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