Marcus Duarte*
Este ano o atleticano passa por uma angústia. São 40 anos de
jejum do maior campeonato de futebol neste país. Nestas 4 décadas o Galo teve
momentos gloriosos e outros de esquecer, como cabe a qualquer grande clube do
país. Neste sobe e desce do campeonato o Galo foi tachado de clube pequeno por
seus adversários.
Tentando ser o mais imparcial possível, não concordo em
chamar de pequeno um time que ficou 15 vezes entre os 4 primeiros colocados e
ainda é o 10º colocado no ranking nacional de clubes divulgado e organizado
pela CBF (à frente do botafogo e fluminense – só para irritar o editor chefe
deste blog). O Galo é sim um clube grande e de tradição como aqueles que
disputam com ele o título deste ano (Grêmio e Fluminense). O problema é que o
Atlético é um time grande que jogou os últimos 15 anos como pequeno. Tenho que
reconhecer, fomos pequenos (não somos). E isso dói no atleticano. Viramos piada
nacional. Infelizmente, a piada foi justa. Nestes anos, não era o Galo, parecia
um impostor!
Em 2009, num arremedo de time, fomos chamados de cavalo
paraguaio e no fundo sabíamos que seria assim. Mas agora, não! Não somos cavalo
paraguaio! O brio, o orgulho de ser atleticano volta a encher os olhos dessa
massa apaixonada. Não garanto o título no final do ano (aliás, quem garante?).
Mas isso não faz de nós, cavalos paraguaios.
Este rótulo, meus amigos, ficou pra trás. Ganhar ou perder é parte do
jogo, mas lutar até o final com raça e jogando o fino da bola faz o atleticano
bater no peito e dizer, somos cavalos puro sangue (preto e branco).
O que o Atlético (e o atleticano) conseguiu este ano já é
uma conquista imensa. Voltamos a ser respeitados. Ninguém chega aqui em Minas
já computando três pontos na bagagem como foi outrora (há mais de 1 ano que
ninguém consegue este feito contra o Galo). O Galo mostrou que é grande e volta
a figurar entre os grandes. As piadas de hoje me parecem mais medo da volta do
gigante do que uma justa zombaria a um time apequenado.
Volto a dizer, ganhar ou perder é parte do jogo. O
Fluminense faz uma campanha fantástica e, se ganhar, parabéns. Terá ganho com
méritos. Ficarei triste se isso acontecer. Mas essa tristeza passará rápido,
pois saberei que meu time renasceu, voltou ao lugar de onde nunca deveria ter
saído: o seleto grupo dos grandes clubes do país.
Ôôôôô vamos voltar Galôôôô, vamos voltar Galôôôôôôô!!!!
*Marcus Duarte é apaixonado por esporte e música, não
necessariamente nesta ordem. Atleticano preto e branco e fã do tricolor Chico
Buarque, além de profundo conhecedor da arte do pão de queijo e do torresmo!
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