terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Sentimento Atleticano



Marcus Duarte*




Este ano o atleticano passa por uma angústia. São 40 anos de jejum do maior campeonato de futebol neste país. Nestas 4 décadas o Galo teve momentos gloriosos e outros de esquecer, como cabe a qualquer grande clube do país. Neste sobe e desce do campeonato o Galo foi tachado de clube pequeno por seus adversários.
Tentando ser o mais imparcial possível, não concordo em chamar de pequeno um time que ficou 15 vezes entre os 4 primeiros colocados e ainda é o 10º colocado no ranking nacional de clubes divulgado e organizado pela CBF (à frente do botafogo e fluminense – só para irritar o editor chefe deste blog). O Galo é sim um clube grande e de tradição como aqueles que disputam com ele o título deste ano (Grêmio e Fluminense). O problema é que o Atlético é um time grande que jogou os últimos 15 anos como pequeno. Tenho que reconhecer, fomos pequenos (não somos). E isso dói no atleticano. Viramos piada nacional. Infelizmente, a piada foi justa. Nestes anos, não era o Galo, parecia um impostor!
Em 2009, num arremedo de time, fomos chamados de cavalo paraguaio e no fundo sabíamos que seria assim. Mas agora, não! Não somos cavalo paraguaio! O brio, o orgulho de ser atleticano volta a encher os olhos dessa massa apaixonada. Não garanto o título no final do ano (aliás, quem garante?). Mas isso não faz de nós, cavalos paraguaios.  Este rótulo, meus amigos, ficou pra trás. Ganhar ou perder é parte do jogo, mas lutar até o final com raça e jogando o fino da bola faz o atleticano bater no peito e dizer, somos cavalos puro sangue (preto e branco).
O que o Atlético (e o atleticano) conseguiu este ano já é uma conquista imensa. Voltamos a ser respeitados. Ninguém chega aqui em Minas já computando três pontos na bagagem como foi outrora (há mais de 1 ano que ninguém consegue este feito contra o Galo). O Galo mostrou que é grande e volta a figurar entre os grandes. As piadas de hoje me parecem mais medo da volta do gigante do que uma justa zombaria a um time apequenado.
Volto a dizer, ganhar ou perder é parte do jogo. O Fluminense faz uma campanha fantástica e, se ganhar, parabéns. Terá ganho com méritos. Ficarei triste se isso acontecer. Mas essa tristeza passará rápido, pois saberei que meu time renasceu, voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído: o seleto grupo dos grandes clubes do país.

Ôôôôô vamos voltar Galôôôô, vamos voltar Galôôôôôôô!!!!



*Marcus Duarte é apaixonado por esporte e música, não necessariamente nesta ordem. Atleticano preto e branco e fã do tricolor Chico Buarque, além de profundo conhecedor da arte do pão de queijo e do torresmo!



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